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Cartas de Amor Aos Mortos não é só mais um livro de drama cheio de sofrimento e reclamações. É um life changing, aquele tipo de livro que você não trocaria por nada e se apenas tivesse que levar um objeto para uma ilha deserta seria o próprio.
Este é um livro que você deixaria protegido de fungos e bactérias e se ele se perdesse no meio de tantos outros, ou se você esquecesse em algum lugar ( o que provavelmente não acontecerá), teria o dinheiro separado para comprar um novo só para... tê-lo É daqueles que não importa em que fase da vida você está, este seria o certo, este te entenderia e este lhe faria melhor.
Admito que o título e a sinopse não me atraíram quando o olhei na prateleira dos mais vendidos (só li a sinopse porque estava na prateleira dos mais vendidos), mas Cartas de Amor Aos Mortos insistiu em me encontrar sendo um dos meus presentes de aniversário.
Tendo uma pilha enorme de livros, deixei-o depois de todos, tendo a chance de lê-lo só em meados de julho, quando as férias passam a ser dias entediantes e com nenhuma chance de ver meu grupo de amigos.
Quanto mais lia, mais maravilhada com a escrita e com o conteúdo eu ficava. Esse livro me ensinou a ser adolescente de novo, me mostrou o quão sortuda eu sou de não ter passado essa fase da vida ainda. Me ensinou que, mesmo com poucas pessoas e com uma perda terrível, é possível voltar a ser feliz, viver a vida como se não houvesse o amanhã, experimentar coisas e conversar com pessoas novas sem perder sua identidade. Me ensinou a me amar de novo e amar as pessoas ao meu redor. Me deixou ansiosa para viver um novo dia, cercada de pessoas com histórias e problemas diferentes.
E assim eu sei, que esse livro será um dos poucos que me acompanhará em cada jornada minha e que será relido mais de uma vez.
Eu não posso descrever o quão bom foi de lê-lo e nunca poderei, só espero que sinta a mesma coisa.
